quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Documentos da Igreja Catolica Apostolica Romana

                       Catecismo da Igreja Católica

                           Lista de Siglas

AA---------------- Apostolicam actuositatem
AG---------------- Ad gentes

Ben-------------- De Benedictionnibus

CA--------------- Centesimus annus
Catech.R.----- Catechismus Romanus
CCEO---------- Corpus Canonum Eclesiarum        

-------------------Orientalium  
CD---------------Christus Dominus
CDF-------------Congregação da doutrina da fé
CIC--------------Codex Iuris Canonici
CI----------------Christifidelis Laici
COD------------Conciliorum oecumenicorum decreta
CT---------------Catechesi tradendae
DCG------------Directorium Catecheticum Generale
DeV-------------Dominum et Vivificantem
DH--------------Dignitatis Humanae
DM-------------Dives in Misericordia
DS-------------Denzinger-Schõnmetzer
-----------------Enchiridio Symbolorum,definitinum et -----------------declarationum de
-----------------rebus fidei et morum
DV-------------Dei Verbum

EN-------------Evangelii nuntiandi
FC-------------Familiaris consortio



GE------------Gravissimum educationis
GS------------Gaudium et spes


HV------------Himanae vitae


IGLH--------Introductio generalis LH
IGMR-------Introductio generalis MR
IM-----------Inter mirifica


LE-----------Laborem exercens
LG----------Lumem gentium
LH----------Liturgia das horas


MC---------Marialis cultus
MD---------Mulieris dignitaten
MF---------Mysterium fidei
MM--------Mater et magistra
MR--------Missal Romano
NA--------Nostra aetate


OBA------Ordo baptismi adultorum
OBP------Ordo baptismi parvulorum
OCF------Ordo confirmationis
OcM-----Ordo celebrandi Matrimonium
OCV-----Ordo consegrationis virginum
OE-------Orientalium ecclesiarum
OEx------Ordo exsequiarum
off. lect.-oficio das leituras
OICA----Ordo initationis christianae adultorum
OP-------Ordo poenitentiae
OT-------Ordo totius


PC-------Perfectae caritatis
PO-------Presbyterorum ordinis
PP-------Populorum progressio
PT-------Pacem in terris


RH------Redemptor  hominis
RM-----Redemptoris Missio
RP------Reconciliatio et poenitentia


SC------Sacrosanctum concilium
SPF----Credo do Povo de Deus profissão de fé ----------solene
SRS----Sollicitudo rei socialis


UR------Unitatis redintegratio


                 
                      Constituição Apostólica

                            Fidei depositum 

                                para a publicação do catecismo da igreja Católica 
                                redigido depois do Concilio Vaticano II

                                                                João Paulo II, Bispo 
                                                          Servo dos Servos de Deus 
                                                             para perpetua memória
                            
Introdução
                                   
                                        GUARDAR O DEPÓSITO DA FÉ é a missão que o Senhor confiou à sua Igreja e que ela cumpre em todos os tempos. O CONCILIO VATICANO II, inaugurado há trinta anos pelo meu predecessor JOÃO  XXIII de feliz memória,tinha como intenção e como finalidade pôr em evidencia a missão apostólica e pastoral da Igreja,e,fazendo replandecer a verdade do Evangelho,levar todos os homens a procurarem e acolherem o amor de Cristo que excede toda ciênçia (cf. Ef 3,19)
            Ao Concilio,o Papa João XXIII tinha confiado como tarefa principal guardar e apresentar melhor o precioso depósito da da doutrina cristã,para o tornar mais acessivel aos fiéis de Cristo e a todos os homens de boa vontade. Portanto, o Concilio não devia, em primeiro lugar, condenar os erros da época,mas sobretudo empenhar-se por mostrar serenamente a força e a beleza da doutrina da fé. " Iluminada pela luz deste Concilio - dizia o Papa- a igreja... crescerá em riquezas espirituais... e,recebendo a força de novas energias,olhará intrépida para o futuro... É nosso dever... dedicar-nos,com vontade pronta e sem temor,àquele trabalho que o nosso tempo exige,prosseguindo assim o caminho que a Igreja percorre há vinte anos" .
            Com ajuda de Deus, os Padres conciliares puderam elaborar,em quatro anos de trabalho,um conjunto conciderável de exposições doutrinais e de diretrizes pastorais oferecidas a toda a Igreja. Pastores e fiéis encontram ali orientações para aquela " renovação de pensamentos, de  atividades, de costumes, e de força moral, de alegria e de esperança, que foi o objetivo do Concílio" .
            Depois de sua conclusão, o Concílio não cessou de inspirar a vida da Igreja. Em 1985 pude afirmar diz João Paulo II: " Para mim - que tive a graça especial de nele participar e colaborar no seu desenvolvimento - o Vaticano II foi sempre, e é de modo particular nestes anos do meu Pontificado, o constante ponto de referência de toda a minha ação pastoral, no consciente empenho de traduzir as suas diretrizes em aplicação concreta e fiel, a nivel de cada Igreja e da Igreja inteira. É preciso incessantemente recomeçar daquela fonte " .
             Neste espirito, a 25 de janeiro de 1985, convoquei uma Assembleia Extraordinaria do Sínodo dos bispos,por ocasião do vigésimo aniversario do encerramento do concilio. A finalidade desta assembleia era celebrar as graças e os frutos espirituais do concilio Vaticano II , aprofundar o seu ensinamento para aderir melhor a ele e promover o conhecimento e a aplicação do mesmo.
             Nessa ocasião, os Padres sinodais afirmaram : " Muitissimos expressaram o desejo de que seja composto um Catecismo ou Compendio de toda a doutrina católica, tanto em materia de fé como de moral, para que ele seja como um ponto de referência para os catecismos ou compendios que venham a ser preparados nas diversas regiões.  A apresentação da doutrina deve ser biblica e liturgica, oferecendo ao mesmo tempo uma doutrina sã e adaptada á vida atual dos cristãos". Depois do encerramento do Sinodo, fiz meu este desejo, considerando que ele, corresponde à verdadeira necessidade da igreja universal e das Igrejas particulares.
             Como não havemos da agradecer de todo coração ao Senhor, neste dia em que podemos oferecer a toda à igreja, com o titulo de " catecismo da Igreja Católica" este texto de referencia para uma catequese renovada nas fontes vivas da fé!
              Depois da renovação da liturgia e da nova codificação do Direito Canônico da Igreja Latina e dos cãnones das igrejas Orientais Católicas, este Catecismo trará um contributo muito importante àquela obra de renovação da vida eclesial inteira, querida e iniciada pelo Concilio vaticano II.


                                Intinerario e espirito da redação do texto
 


              O Catecismo da Igreja Católica é fruto de uma vastíssima  colaboração: foi elaborado em seis anos de intenso trabalho, conduzido num espirito de atenta abertura e com apaixonado ardor.
              Em 1986, confiei a uma Comissão de doze Cardeais e Bispos, presidida pelo senhor Cardeal Joseph Ratzinger, o encargo de preparar um projeto para o Catecismo requerido pelos Padres do Sínodo, uma Comissão de redação, composta por sete Bispos diocesanos, peritos em teologia e em catequese, coadjuvou a Comissão no seu trabalho.
             A Comissão, encarregada de dar as diretrizes e de vigiar sobre o desenvolvimento dos trabalhos, seguiu atentamente todas as etapas da redação das nove sucessivasa composições. A Comissão de redação,por seu lado, assumiu a responsabilidade de escrever o texto e lhe inserir as modificações pedidas pela comissão e de examinar as observações de numerosos teólogos, exegetas e catequistas, e sobretudo dos Bispos do mundo inteiro, a fim de melhorar o texto. A Comissão foi sede de intercâmbios frutuosos e enriquecedores, para assegurar a unidade e a homogeneidade do texto.
             O Projecto tornou-se objecto de vasta consultação de todos os Bispos católicos, das suas Conferências Episcopais ou dos Sínodos, dos Institutos de teologia e de catequética. No seu conjunto, ele teve um acolhimento amplamente favorável da parte do Episcopado. È justo afirmar que este Catecismo é o fruto de uma colaboração de todo o  Episcopado da Igreja Católica, o qual acolheu com generosidade o meu convite a assumir a própria parte de responsabilidade numa iniciativa que diz respeito, intimamente, à vida eclesial. Tal resposta suscita em mim um profundo sentimento de alegria,porque o concurso de tantas vozes exprime verdadeiramente aquela a que se pode chamar a " sinfonia" da fé. A realização deste Catecismo reflete, deste modo, a natureza colegial do Episcopado: testemunha a catolicidade da Igreja.

                                    Distribuição da matéria
           
         Um catecismo deve apresentar, com fidelidade e de modo orgânico, o ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição viva da Igreja e do Magistério autêntico, bem como a herança espiritual dos Padres, dos Santos e das Santas da Igreja, para permitir conhecer melhor o mistério cristão e reavivar a fé do povo de Deus. Deve ter em conta as explicações da doutrina que, no decurso dos tempos, o Espírito Santo sugeriu à Igreja.
         É também necessário que ajude a iluminar, com a luz da fé, as novas situações e os problemas que ainda não tinham surgido no passado.
         O Catecismo incluirá, portanto, coisas novas e velhas ( Mt 13,52 ), porque a fé é sempre a mesma e simultaniamente é fonte de luzes sempre novas.
         Para responder a esta dupla exigência, "O Catecismo da Igreja Católica" por um lado retoma a "antiga" ordem, a tradicional, já seguida pelo Catecismo de São Pio V, articulando o conteúdo em quatro partes: o Credo, a sagrada Liturgia, com os Sacramentos em primeiro plano; o agir cristão, exposto a partir dos mandamentos, e por fim a oração cristã. Mas, ao mesmo tempo, o conteúdo é com frequência expresso de um modo "novo", para responder às interrogações da mesma época.
         As quatro partes estão ligadas entre si: o mistério cristão é o objecto da fé ( primeira parte); é celebrado e comunicado nos actos litúrgicos (segunda parte); está presente para iluminar e amparar os filhos de Deus no seu agir ( terceira parte); funda a nossa oração, cuja expressão privilegiada é o "Pai Nosso", e constitui o objecto da nossa súplica, do nosso louvor e da nossa intercessão ( quarta parte).
           

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